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Paraibano suspeito de matar família na Espanha tirou 'selfies' com corpos, diz polícia

Após matar e esquartejar os tios e os primos, François Patrick Gouveia fez fotos dos corpos, tirou "selfies" e mandou para um amigo em João Pessoa, o estudante de 18 anos Marvin Henriques Correia, preso nesta sexta-feira (28) por participação na chacina. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa da Polícia Civil nesta sexta, sobre a participação do estudante de João Pessoa no crime cometido por Patrick na Espanha.

O delegado geral da Polícia Civil da Paraíba, Marcos Paulo Vilela, comentou que os suspeitos mantiveram um contato em tempo real através do aplicativo Whatsapp, e após cometer o crime, Patrick Gouveia mandou fotos dos corpos esquartejados e selfies para comprovar que havia executado a família do tio, Marcos Nogueira.

"Os dois mantinham a conversa pelo Whatsapp sobre a execucação do crime e o Patrick mandou as fotos dos corpos e até 'selfies' com os corpos das vítimas para o Marvin", relatou o delegado.

Na conversa mantida entre os dois presos, ambos se mostravam extremamente frios apesar da crueldade do caso, segundo os delegados.

No depoimento dado à Polícia Civil, Marvin Henriques Correia chegou a comentar que não procurou a polícia por medo de Patrick Gouveia. "Ele chegou a dizer que tinha medo de Patrick e que por isso não procurou a polícia para denunciar o crime. Mas durante a conversa dos dois, a gente percebe que há uma intimidade e uma frieza que não indicam isso", explicou.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, havia o receio de que Marvin Henriques Correia viajasse para a Espanha, para fugir de qualquer tipo de implicação criminal no Brasil. A prisão do estudante foi feita a partir de uma pedido do Ministério Público da Paraíba. Os mandados de prisão e de busca e apreensão contra Marvin Henriques foram expedidos na quinta-feira (27) e cumpridos no início da manhã desta sexta-feira (28) pela Polícia Civil. O estudante de 18 anos foi preso quando estava saindo para ir à escola.

Preso 'deu dicas' via Whatsapp

Marvin Henriques preso no bairro Jardim Oceania, em João Pessoa, deu dicas a Patrick sobre como proceder na morte e esquartejamento da familia brasileira na Espanha. De acordo com o delegado de homicídios Reinaldo Nóbrega, o suspeito chegou a manter uma conversa em tempo real com Patrick Gouveia durante a execução dos crimes. "Durante a execução do crime, Patrick conversava pelo whatsapp em tempo real com o suspeito preso na Paraíba. Patrick perguntava como agir, como ele podia ocultar os corpos, o que fazer", comentou o delegado.

O estudante do ensino médio de 18 anos foi preso, no início da manhã desta sexta-feira (28), suspeito de participação na morte da família paraibana na Espanha. Em uma coletiva de imprensa, realizada às 9h45 (horário local), os delegados Marcos Paulo Vilela e Reinaldo Nóbrega informaram que um jovem preso em João Pessoa havia participado indiretamente do caso.

Ainda de acordo a Polícia Civil, o estudante amigo de Patrick confirmou a participação no homicídio, no entanto, não tinha noção da dimensão do que aquela conversa com Patriclo poderia causar. 

"Marvin se mostrou arrependido e triste com a situação e chegou a colaborar conosco, esclarecendo alguns pontos", explicou Marcos Paulo Vilela, delegado geral da Polícia Civil. Ainda de acordo com a polícia, a participação de Marvin Henriques foi confirmada após um amigo dele ter acesso ao seu celular e encontrar fotos dos corpos da família Nogueira esquartejada, imagens que teriam sido enviadas pelo próprio Patrick via aplicativo de celular.

O celular do amigo de Patrick foi encaminhado para a Polícia Federal, que após exames técnicos, confirmou que se tratava de imagens verídicas e feitas pelo principal suspeito de matar e esquartejar Janaína, Marcos e das duas crianças em uma casa em Pioz, na região metropolitana de Madri, na Espanha. Com o suspeito a polícia apreendeu um CPU, que foi apresentado como uma das evidências do caso.

"Ele [Marvin Henriques] só acreditou que Patrick tinha de fato matado a família quando viu as fotos. Mesmo sabendo do crime cometido por Patrick, o estudante continuou ajudando Patrick como proceder no caso. Ele é partícipe no crime", acrescenteu o delegado de homicídios de João Pessoa. Ainda de acordo com a polícia, Marvin chegou a se encontrar pessoalmente com Patrick duas vezes em João Pessoa. Todo o material apreendido com Marvin Henriques Correia foi encaminhado para a polícia espanhola. 

O suspeito confesso de matar, na Espanha, o casal de paraibanos Marcos Nogueira e Janaína Américo e os dois filhos deles, de 1 e 4 anos, François Patrick Gouveia, participou da reconstituição do crime na quarta-feira (26) e não demonstrou nenhum arrependimento de ter cometido o crime. A opinião é do tio de Patrick e irmão de Marcos, Walfran Campos, ao desembarcar em João Pessoa após passar um mês na Espanha para acompanhar o caso.

Impedido de participar diretamente da reconstituição, Walfran acompanhou o processo do lado de fora do chalé, em Pioz, na província espanhola de Guadalajara. “Ele [Patrick] não mostra nenhum tipo de arrependimento, ele está super calado, frio. Em todos os depoimentos dele, é centrado, tranquilo. E isso até assusta a polícia pelo fato de ele não mostrar remorso”, declarou. Do G1.




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