O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande, Arthur Almeida (Bolinha), distribuiu nota com a imprensa repudiando a decisão da Câmara Municipal de aumentar em 26% os subsídios dos vereadores, bem como as remunerações do prefeito e do vice em iguais percentuais.
“O legislativo campinense deu uma grande demonstração de que pouco se importa com os problemas visíveis na nossa cidade”, diz Bolinha acentuando que a atitude dos edis foi “repudiável” uma vez que aprovaram o aumento “às escuras, sem a presença da imprensa”, e ainda concederam a eles mesmos a concessão do décimo terceiro a partir do próximo ano.
“Não é que seja contrário ao aumento salarial, mas dentro da atual situação que o país enfrenta, com cortes nas despesas e aumento da inflação, o momento é totalmente inoportuno, levando em consideração também o percentual do aumento (26%). Já a concessão do décimo terceiro salário de fato é um absurdo”, continua a nota.
Arthur Bolinha entende que “enquanto permanecermos calados diante disso tudo continuaremos assistindo a aprovação de projetos que são verdadeiras afrontas. Durante todo o ano do legislativo, poucas são as vozes que se manifestam para defender o servidor que tem seus vencimentos atrasados ou os prestadores de serviços que trabalham dois meses para receber um. Quase não ouvimos falar de ações em defesa da população que é humilhada quando procura atendimento nos postos de saúde. Isso sem contar nos problemas de infraestrutura nos bairros e distritos e o desemprego que assusta toda a cidade (de janeiro a outubro mais de mil vagas de trabalho foram fechadas na cidade)”.
Continua a nota:
“Campina Grande é uma cidade que precisa se modernizar e criar condições para ampliar suas receitas. Cabe à Câmara exercer um papel de fiscalizador do executivo, mas nada é feito neste sentido o legislativo acaba agindo na contramão, mesmo em um período de extrema dificuldade”.
Terceiro colocado nas urnas como candidato a prefeito de Campina Grande Bolinha mostra entretanto que não conhece a legislação e pede por fim que Romero Rodrigues vete o aumento, o que não está na sua alçada, e aos campinenses que “não permitam que essa votação caia no esquecimento”.
Fonte: A PALAVRA ONLINE
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