Sequestro, homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e crueldade, e ocultação de cadáver foram os crimes imputados aos três presos suspeitos de participar da morte da vendedora Vivianny Crisley, na Grande João Pessoa, após a conclusão do inquérito pela Polícia Civil. Os delegados Reinaldo Nóbrega e Luiz Cotrim, da Delegacia de Homicídios de João Pessoa, indiciaram Allex Aurélio Tomás dos Santos, Jobson Barbosa da Silva Júnior e Fágner das Chagas Silva.
De acordo com Reinaldo Nóbrega, após a conclusão do inquérito, a prisão do trio foi convertida de temporária para preventiva e os três suspeitos foram transferidos para o Presídio Flósculo da Nóbrega, conhecido como presídio do Roger.
O inquérito foi entregue ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) na tarde de segunda-feira (5). O órgão informou que a partir da chegada do inquérito tem início o prazo de 30 dias para que o promotor responsável pelo caso decida ou não pela denúncia dos três presos.
A vendedora Vivianny Crisley foi golpeada sucessivamente com chave de fenda na cabeça e seu corpo foi queimado com a ajuda de gasolina e um pneu, informou o delegado Marcos Paulo Vilela na manhã desta sexta-feira (25). Segundo ele, o primeiro homem preso suspeito de envolvimento no crime, Allex Aurélio Tomás dos Santos, mentiu sobre sua versão e induziu a polícia ao erro, mas confirmou que a jovem foi morta porque gritava para ir para casa. Além dele, outros dois suspeitos também presos teriam participado do crime.
Entenda o caso
Vivianny Crisley estava desaparecida desde a madrugada do dia 20 de outubro, após ser vista saindo de um bar na Zona Sul de João Pessoa. A confirmação de que um corpo achado no dia 7 de novembro carbonizado, em uma mata em Bayeux, na Grande João Pessoa, era de Vivianny foi feita no dia 14.
Uma dupla presa na segunda-feira (21) no Rio de Janeiro, Jobson Barbosa da Silva Júnior, conhecido como Juninho, e Fágner das Chagas Silva, apelidado de Bebé, contou versões semelhantes do caso, mas contraditórias com a que foi dada por Allex no início das investigações.
Segundo eles, o trio conheceu Vivianny na noite do crime, no bar em que eles estavam e de onde saíram de carro para procurar outro lugar onde encerrar a noite. Como não acharam outro bar aberto, foram para a casa de Juninho, em Bayeux, próximo ao local onde o corpo de Vivianny foi encontrado.
Segundo os próprios suspeitos, Juninho e Allex entraram na residência, enquanto Vivianny e Bebé ficaram dentro do carro. Juninho e Allex voltaram com as chaves de fenda e atacaram Vivianny, tiraram gasolina de uma moto, colocaram um pneu de bicicleta em cima do corpo e atearam fogo.
Outra contradição apontada pela polícia no depoimento de Allex é que ele informou ter voltado ao local onde o corpo estava no dia seguinte para tocar fogo no carro usado no crime, que era roubado. Allex disse que foi até o local com um quarto homem, que chegou a ser preso, mas depois a polícia identificou que essa informação não procedia e que ele fez tudo sozinho. Por isso, o delegado vai pedir que a prisão desse quarto homem seja revogada.
De acordo com os depoimentos dos três, a motivação do crime foi mesmo o fato dela ter gritado dentro do carro e ficar 'perturbando' o trio para ir para casa. Nenhum dos suspeitos revelou se havia intenção de estuprar Vivianny, segundo a polícia. G1
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